20 agosto 2011

Como traz as suas compras?

Queridos leitores, a mariamélia inaugura o seu blogue com um post sobre, nada mais nada menos, do que tendências. Neste caso, trata-se de idas ao supermercado, hábito quase diário ou, no mínimo, semanal, para qualquer um de nós.

O costume de trazer muitos sacos de plástico do supermercado vulgarizou-se, pelo menos na minha vida, há pouco mais de quinze anos. Mesmo nessa altura, havia um mini-mercado perto de casa onde a dona pedia que levássemos os sacos na vez seguinte, porque tinha poucos. 

Mas muito rapidamente surgiram grandes hipermercados por todo o país e os ditos sacos começaram a ser dados ao desbarato, inclusive dando azo a atitudes menos elegantes, como enfiar mais cinco ou dez em cada saco de compras, quando o funcionário da caixa não estava a ver.

Como a cada momento de exagero se segue normalmente um de contenção, chegou finalmente essa tendência a Portugal, que já se instalou há muito nos países do norte da Europa, de se pagarem os sacos de plástico. Algumas vozes indignadas insurgiram-se! Vejam lá, uma pessoa já paga as compras tão caras e não podiam dar os sacos? Pois, mas é que, como se viu, isso dava azo a grandes abusos. Eles continuam disponíveis para quem se esquece ou acha mais cómodo, e não são assim tão caros. Só que, desta forma, já pensamos duas vezes.

Em países como a Alemanha, a Holanda ou o Reino Unido, pessoas de todas as idades vão às compras de mochila e não é raro ver alguém pela rua fora com um pacote de leite debaixo do braço e duas maças na mão (para quê um saco para duas maçãs?), ou com uma caixa de cartão das que sobram no supermercado, com uma cesta de palhinha ou saco de pano. 

Atitudes que, num dado momento, são vistas como retrógradas, rurais, pacóvias ou fora de moda, como era ir às compras de cesto há cinco anos apenas, muito rapidamente se transformam em coisa cosmopolita, quando um grupo de pessoas influentes as assume. Isto verifica-se com inúmeras coisas na nossa vida, em que não tomamos a atitude mais inteligente porque não é aceite, nesse momento, pela sociedade em geral, ou pelo grupo em que estamos inseridos. E, de repente, a coisa vira moda e já toda a gente dá lições de estilo, como se tivesse feito assim a vida toda.

Isto dá matéria para mais uma série de posts! A seu tempo virão.:)





















Saco de ganga orgânica in shopbeausoleil.com


6 comentários:

  1. Bem-vinda ao universo dos blogs mariamélia!:)

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  2. Como não se pode comentar na página, vou comentar aqui. Gostei mt de ler o primeiro caso no "mariamélia responde". Sou homem e digo-vos q nem tds pensam daquela forma. O amigo da B. não só pôs a saúde dela em risco, como a sua própria saúde! Não se pode confiar em ng, nem mm em nós próprios. Hoje em dia, toda a gente tem, de uma ou de outra forma, comportamentos de risco, isso não é uma coisa de "determinadas" pessoas. Às tantas, já nem no nosso parceiro de anos podemos confiar...

    David

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  3. David, é verdade! Não sei como era há gerações atrás, mas suponho que hoje em dia seja muito mais fácil "pisar a linha". São cada vez mais comuns as relações extra-conjugais: os telemóveis e a internet facilitam e aliciam, as pessoas não temem tanto as consequências nem os julgamento dos outros, divorciar-se já não é um bicho de sete cabeças... E, não sei, deixo aqui tema para um próximo post: será que não estamos a evoluir para a "ordem natural" das coisas?:)

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  4. Apesar de concordar inteiramente com o que foi escrito, acrescento uma coisa: um dia, precisava de comprar sacos do lixo e resolvi fazer as contas ao preço por saco (médios) e compará-lo com o preço dos sacos da caixa. Os da caixa saiam mais baratos! Por isso, de vez em quando compro dos da caixa intencionalmente, porque não estou para ser feita de parva.:p

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  5. Olá Mariamélia!
    Desde mais, seja bem-vinda à comunidade blogueira =)
    Em resposta à sua pergunta, eu por norma trago os sacos do supermercado quando são oferecidos (ainda há supermercados onde são gratis, como o continente) porque me dão jeito para o lixo. Assim, é uma poupança que faço, quer a nivel economico, quer a nivel ambiental.
    Por outro lado, como nem sempre me dá jeito ir a esses supermercados onde os sacos sao oferecidos, trago sempre dentro da mala dois ou três sacos para eventualidade. ;)
    Kissy kissy

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  6. Olá Amêndoa! Obrigada pela visita.:)
    Também faço o mesmo. Nunca compreendi as pessoas que chegam com os sacos a casa e os deitam directamente no lixo (????) ou quando vão às compras comigo e me dizem "não leves tantos sacos". É óbvio que só levo os que preciso, mas em vez de ir com tudo atafulhado num ou dois, divido as coisas por mais, por sei que vou usá-los.
    Mas confirmo o que disse a Luísa! Escusamos de ficar muito aborrecidos quando nos esquecemos do saco e temos de pagá-lo na caixa porque, de qualquer forma, ficam mais baratos que os do lixo.:p
    Eu sou apologista da mochila, da ceira de palhinha ou dos sacos de pano, para aquelas comprinhas diárias, em que não vamos muito carregados.:) E, se pudesse, ia de bicicleta, mas por Portugal nem sempre é fácil...

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